Fevereiro de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Sem sinais de melhora para a economia brasileira

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) atingiu 45,9 pontos em fevereiro, uma redução de 1,0 ponto ante janeiro e de 17,0 pontos nas quatro quedas registradas nos últimos cinco meses. O patamar do índice nesse mês é o mais baixo desde junho de 2020, revelando que a falta de confiança é bastante disseminada entre as empresas. O índice registrou valores menores apenas em julho de 2005 (estiagem histórica), em janeiro de 2009 (crise financeira mundial), no período entre junho de 2014 e maio de 2016 (maior recessão da história) e entre abril e junho de 2020 (pandemia do coronavírus).

O ICEI/RS é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas que medem a percepção dos empresários sobre a economia brasileira e a própria empresa em relação aos últimos e aos próximos seis meses.

O Índice de Condições Atuais recuou para 41,5 pontos em fevereiro, revelando, abaixo de 50, piora nas condições dos negócios, percepção mais intensa e disseminada do que em janeiro (46,3 pontos). São 16,7 pontos perdidos desde outubro. As condições da economia brasileira se deterioraram ainda mais, com o índice recuando de 41,6 para 36,1 pontos no período. O Índice de Condições Atuais das Empresas caiu de 48,7 para 44,2 pontos, mostrando que as condições das empresas também se agravaram.

As expectativas para os próximos seis meses ficaram menos pessimistas em fevereiro na comparação com janeiro. O Índice de Expectativas subiu de 47,2 para 48,1 pontos. Apesar da alta, o valor abaixo de 50 indica pessimismo, que, por sua vez, reflete as perspectivas negativas para a economia brasileira, apesar do aumento do índice de 38,0 para 40,7 pontos. O Índice de Expectativas para as Empresas, por fim, manteve-se no patamar de janeiro, nos 51,8 pontos em fevereiro, indicando uma perspectiva ligeiramente positiva (pouco acima de 50) para o desempenho das empresas nos próximos seis meses.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Jan/23Fev/23Média Hist.
Economia Brasileira41,636,144,1
Economia do Estado45,241,042,7
Empresa48,744,249,6
Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Jan/23Fev/23Média Hist.
Economia Brasileira38,040,751,8
Economia do Estado45,045,350,0
Empresa51,851,860,2
Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 194 empresas, sendo 45 pequenas, 64 médias e 84 grandes.

Período de Coleta: 1 a 9 de fevereiro de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul

Unidade de Estudos Econômicos | economia@fiergs.org.br

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