A Indústria representa 20,4% no produto interno bruto (PIB) do país, sendo que, deste percentual, 11,3% referem-se à participação da indústria de transformação, segundo a Confederação Nacional da Indústria – CNI (2021a).
Ainda de acordo com a CNI (2021b), o estado do Rio Grande do Sul (RS) apresenta 11,4 milhões de habitantes (é 6º estado mais populoso do país), possui um PIB industrial de R$ 89 bilhões, equivalente a 6,8% da indústria nacional, e emprega 777.301 trabalhadores na Indústria.
O setor de equipamentos de informática e produtos eletrônicos é o 21º setor no valor da transformação industrial das indústrias extrativa e de transformação do RS (TABELA 1).
Rio Grande do Sul (%PIB) | Região Sul (%PIB) | Brasil (%PIB) | |
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Construção | 17,0 | 17,4 | 18,9 |
Alimentos | 14,6 | 15,6 | 10,8 |
Serviços Industriais de Utilidade Pública | 10,5 | 13,0 | 13,3 |
Máquinas e Equipamentos | 6,8 | 4,8 | 2,6 |
Químicos | 6,7 | 4,3 | 5,2 |
Veículos Automotores | 5,7 | 5,9 | 4,3 |
Derivados de Petróleo e Biocombustíveis | 5,5 | 4,5 | 8,1 |
Couros e Calçados | 4,8 | 2,0 | 1,0 |
Produtos de Metal | 4,5 | 3,0 | 2,1 |
Celulose e Papel | 4,0 | 4,3 | 2,8 |
Borracha e Material Plástico | 2,8 | 2,8 | 2,3 |
Móveis | 2,6 | 2,0 | 0,8 |
Fumo | 2,2 | 1,0 | 0,3 |
Bebidas | 2,0 | 1,7 | 2,1 |
Materiais Não-Metálicos | 1,5 | 1,9 | 1,8 |
Produtos Diversos | 1,4 | 1,0 | 0,7 |
Metalurgia | 1,2 | 1,9 | 4,2 |
Máquinas e Materiais Elétricos | 1,1 | 1,0 | 1,5 |
Madeira | 1,0 | 2,4 | 0,7 |
Vestuário | 0,9 | 2,8 | 1,4 |
Informática, Eletrônicos e Ópticos | 0,7 | 0,7 | 1,4 |
Manutenção e Reparação | 0,6 | 0,6 | 1,0 |
Têxteis | 0,6 | 2,0 | 1,0 |
Fonte – Adaptado de CNI, 2021b
O Relatório Técnico “Radiografia da Indústria High-Tech do Rio Grande do Sul: 2007-17” analisa os setores de alta e de média-alta intensidade tecnológica — high-techs — da indústria de transformação do Rio Grande do Sul (RS) com o objetivo de retratar a importância desses setores na estrutura produtiva industrial do Estado (COSTA, 2020).
Conforme Costa (2020), o setor de equipamentos de informática e produtos eletrônicos apresenta intensidade tecnológica alta, compondo, deste modo, o perfil da indústria High-Tech do Estado.
Segundo ABINEE (2021), os principais indicadores do setor eletroeletrônico encerraram o ano de 2020 próximos da estabilidade. Este foi um ano atípico, marcado por fortes oscilações no decorrer dos meses, por efeito dos impactos da pandemia de Covid-19. Com uma recuperação do setor a parti r de junho, o faturamento da indústria eletroeletrônica em 2020 atingiu R$ 173,2 bilhões, apontando crescimento nominal de 13% em relação ao realizado em 2019 (R$ 153,0 bilhões), e o número de empregos formais no setor aumentou de 234,5 mil em 2019 para 248,1 mil no final de 2020, representando elevação de 6%, ou seja, incremento de 13,7 mil trabalhadores.
Já o ano de 2021 iniciou com expectativas favoráveis, apontando resultados positivos no 1º trimestre. O comportamento das indústrias fabricantes de Componentes Elétricos e Eletrônicos também variou de acordo com o ramo de atividade, com destaque para o aquecimento nas vendas de componentes destinados a notebooks e games.
Um ponto de atenção importante é a escassez de alguns componentes eletrônicos provenientes da Ásia e de matérias-primas como: cobre, materiais plásticos, papelão, alumínio, aço carbono, latão, aço silício, bobinas de madeira, entre outros. No caso específico de componentes semicondutores, a situação é ainda mais complexa devido à grande dependência da importação
destes produtos de países como Taiwan e Coreia do Sul.
Porém, mesmo com algumas dificuldades enfrentadas pelo setor, conforme sondagem realizada com os associados da Abinee, 75% das empresas estão projetando crescimento nas vendas/encomendas para 2021 em relação a 2020; 22%, estabilidade e apenas 3%, queda.
Portanto, para 2021, espera-se elevação de 13% no faturamento do setor eletroeletrônico, que deverá alcançar R$ 195 bilhões, com incremento em todas as áreas do setor, com variações entre+5% (componentes elétricos e eletrônicos) e +20% (informática), as exportações deverão crescer 7% e as importações aumentarão 10% (ABINEE, 2021). Por ser um setor transversal e de extrema importância para outros setores da Indústria, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado do Rio Grande do Sul, como um agente indutor de inovação, apresenta as Rotas Tecnológicas compostas por 1 (um) mapa de tendências e 5 (cinco) mapas de tecnologias com foco no setor em estudo e mais 3 (três) mapas de tendências setoriais: automotivo, calçadista e máquinas e equipamentos agrícolas.

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Arquivos para download
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Resumo Executivo Equipamentos de Informática
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RT de Equipamentos de Informática para o setor AGRÍCOLA
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RT de Equipamentos de Informática para o setor AUTOMOTIVO
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RT de Equipamentos de Informática para o setor CALÇADISTA
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RT de Equipamentos de Informática para o setor INFORMÁTICA