Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

-3,8%

Faturamento real

-4,6%

Horas trabalhadas na produção

-2,3%

Pessoal ocupado

-0,3%

Massa salarial real

-0,5%

Utilização da capacidade instalada – Grau Médio

76,7%

Utilização da capacidade instalada

-1,0 p.p.

Compras industriais

-8,5%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

A pesquisa mostrou perdas generalizadas no início do segundo semestre, tanto na margem quanto nas comparações anuais. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) caiu 3,8% em julho ante o mês anterior, com ajuste sazonal, na segunda queda seguida (-2,2% em junho). Nos últimos onze meses, o índice, após oito baixas, duas altas e uma estabilização, recuou 12,9%, atingiu o menor patamar desde outubro de 2020 e ficou apenas 1,2% acima do pré-pandemia (eram 16,1% há um ano).

O IDI/RS mede o nível de atividade da indústria gaúcha pela combinação das seis variáveis pesquisadas. As compras industriais (-8,5%) e o faturamento real (-4,6%) exerceram as maiores influências. As horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada (UCI) recuaram, respectivamente, 2,3% e 1,0 ponto percentual (para 76,7%, patamar mais baixo desde agosto de 2020). No mercado de trabalho do setor, o emprego caiu 0,3% e a massa salarial real, 0,5%. 

Em relação a julho do ano passado, a atividade industrial ficou 9,3% menor. Foi a sétima queda consecutiva e a mais intensa desde junho de 2020 nessa métrica, acentuando o saldo negativo no ano de -2,7% em junho para -3,7% em julho, quando comparados aos mesmos períodos de 2022.

No acumulado do ano, as compras industriais (-11,4%) continuam sendo o destaque negativo entre os componentes do IDI/RS, com retrações também no faturamento real (-4,5%), na UCI (-3,2 p.p.) e nas horas trabalhadas na produção (-1,4%). Já o emprego (+0,4%) e a massa salarial real (+5,9%) ainda sustentam taxas positivas, mas em clara trajetória de desaceleração.

Queda se acentua

• O faturamento real registrou forte queda 4,6% em julho, mantendo a trajetória volátil e a tendência negativa na série com ajuste sazonal.
• Na comparação entre os meses de julho de 2023 e 2022, o faturamento real recuou 9,6%, acumulando baixa de 4,5% entre os primeiros sete meses de cada ano.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Tabaco (+15,0%), Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+18,5%) e Móveis (+5,9%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-18,3%), Veículos automotores (-6,7%) e Máquinas e equipamentos (-5,3%).

Terceiro recuo seguido

• O indicador recuou -2,3% em julho relativamente a junho com ajuste sazonal, na mais intensa das últimas três quedas.
• O indicador recuou 6,2% em um julho de 2023 ante o mesmo mês de 2022 e caiu 1,4% na comparação entre os sete primeiros meses dos mesmos anos.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Couros e calçados (+2,9%), Veículos automotores (+6,2%) e Máquinas e materiais elétricos (+10,1%).
  • Negativos: Máquinas e equipamentos (-8,6%), Produtos de metal (-5,6%) e Madeira (-14,4%).

Ligeira tendência negativa na margem

• O emprego caiu 0,3% na passagem de junho para julho, com ajuste sazonal, mostrando uma leve tendência negativa na margem.
• Em relação a julho de 2022 o emprego caiu 1,7%. No acumulado de 2023, a taxa é positiva, de 0,4% em relação aos primeiros sete meses de 2022, mas em clara desaceleração.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+7,3%), Borracha e plásticos (+3,4%) e Móveis (+2,5%).
  • Negativos: Produtos de metal (-5,4%), Metalurgia (-15,6%) e Alimentos (-0,4%).

Indicador muda trajetória e volta a mostrar declínio

• Em julho, a massa salarial real caiu 0,5% em relação a junho, com ajuste sazonal, e volta a mostrar declínio na margem.
• O indicador aumentou 0,8% na comparação entre julho de 2023 e 2022 o que desacelerou a alta acumulada anual para 5,9% (eram 6,8% em junho) frente os primeiros sete meses de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+8,7%), Couros e calçados (+9,4%) e Veículos automotores (+10,0%).
  • Negativos: Metalurgia (-3,1%) e Têxteis (-7,6%).

• De junho para julho, a UCI da indústria gaúcha passou de 77,7% para 76,7% (-1,0 p.p.), com ajuste sazonal, registrando o patamar mais baixo desde agosto de 2020.
• A UCI caiu 6,2 p.p. entre os meses de julho de 2022 e 2023 e recuou 3,2 p.p. na comparação entre os primeiros sete meses.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Móveis (+3,1 p.p.) e Alimentos (+0,8 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-29,7 p.p.), Produtos de madeira (-22,9 p.p.) e Veículos automotores (-8,6 p.p.).

• As compras industriais caíram intensamente em julho ante junho: -8,5%, com ajuste sazonal. Nos últimos dois meses, o indicador recuou 16,8%.
• Em julho de 2023, o indicador também mostrou quedas expressivas nas comparações anuais: -23,0% ante julho de 2022 e -11,4% na comparação com os primeiros sete meses.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: : Equipamentos de informática e eletrônicos (+10,2%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-23,1%), Veículos Automotores (-14,9%) e Máquinas e equipamentos (-7,7%).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).