Abri de 2024

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Pessimismo aumenta e impacta a confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) caiu de 51,6 pontos em março para 50,5 em abril. O índice varia de 0 a 100, tendo na marca de 50 pontos a divisão entre a presença e ausência de confiança. Quanto mais distante, para cima ou para baixo, mais ou menos difundida a confiança ou a falta dela está. Nesse mês, a queda do índice para um patamar acima, mas muito próximo de 50 indica um nível de confiança muito baixo, quase inexistente em abril.

O ICEI/RS é composto pelo Índice de Condições Atuais – economia brasileira e da empresa – e pelo Índice de Expectativas – economia brasileira e empresa –. A redução e o baixo nível da confiança em abril refletem, principalmente, a piora nas avaliações já negativas dos empresários com relação à economia brasileira.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS.
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais recuou de 45,7 em março para 45,2 em abril. Abaixo de 50 pontos, o resultado informa que os empresários seguem percebendo deterioração nas condições atuais dos negócios. A percepção negativa é particularmente intensa com as condições da economia brasileira, componente que recuou de 41,2 para 39,4 pontos no período. Em abril, 41,0% dos empresários gaúchos indicam piora da economia brasileira. Somente 5,5% percebem melhora. O restante não vê alteração no cenário. O Índice de Condições das Empresas, por sua vez, variou de 48,0 para 48,1 pontos, mantendo-se também na região de piora.

Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Mar/24Abr/24Média Hist.
Economia Brasileira41,239,443,7
Economia do Estado42,040,442,5
Empresa58,148,149,3
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

O Índice de Expectativa caiu 1,4 ponto em relação a março, para 53,2 em abril. Acima de 50, o índice revela otimismo dos empresários com os próximos seis meses, ainda que menor e menos disseminado do que em março. A perspectiva positiva, porém, se restringe ao futuro da própria empresa. De fato, o Índice de Expectativas das Empresas registrou 57,7 pontos em abril (58,1 em março) e, apesar da queda, segue sendo o componente que mantém a confiança da indústria gaúcha. Já o pessimismo com a economia brasileira cresceu em abril, atingindo 32,2% dos empresários (eram 25,5% em março). O percentual de otimistas diminuiu de 18,0% para 13,7%. Com isso, o Índice de Expectativas da Economia Brasileira recuou de 47,6 em março para 44,2 pontos em abril, a maior queda (-3,4 pontos) entre todos os componentes da confiança no mês.     

Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Mar/23Abr/24Média Hist.
Economia Brasileira47,644,251,3
Economia do Estado48,543,649,7
Empresa58,157,759,8
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 184 empresas, sendo 40 pequenas, 66 médias e 78 grandes.

Período de Coleta: 1º a 9 de abril de 2024.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Unidade de Estudos Econômicos

Contatos: (51) 3347-8731 | economia@fiergs.org.br

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul | https://observatoriodaindustriars.org.br/

Conteúdo relacionado

Nenhum inteligência encontrada para esta área selecionada.