O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) recuou 0,6 ponto na passagem de outubro para novembro, de 48,5 para 47,9 pontos. É a mais baixa pontuação dos últimos cinco meses, 15,0 pontos abaixo de setembro de 2022, pico mais próximo, mantendo-se abaixo da linha divisória de 50, faixa que denota falta de confiança, pelo décimo terceiro mês consecutivo.
A pequena baixa da confiança industrial em novembro foi puxada pela piora das expectativas para os próximos seis meses.
Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança. |
O Índice de Condições Atuais oscilou de 43,3 em outubro para 43,6 pontos em novembro, mantendo, abaixo de 50 pontos, a indicação de piora nos últimos seis meses. O Índice de Condições da Economia Brasileira, que passou de 38,5 para 38,0 pontos no período, mostra que o cenário econômico doméstico segue se deteriorando na avaliação dos empresários gaúchos. No penúltimo mês do ano, a parcela de empresários que percebem piora na economia brasileira (47,1%) é quase dez vezes superior à dos que veem melhora (4,8%). As condições atuais das empresas também continuam piorando em novembro, mesmo com alta 0,6 ponto em relação a outubro, para 46,4 pontos.
Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa
Out/23 | Nov/23 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 38,5 | 38,0 | 43,8 | |
Economia do Estado | 40,2 | 40,8 | 42,5 | |
Empresa | 45,8 | 46,4 | 49,3 |
Já o Índice de Expectativas para os próximos seis meses caiu de 51,1 em outubro para 50,0 pontos em novembro. Portanto, as perspectivas dos empresários gaúchos deixaram de ser otimistas e passaram para neutras. A neutralidade do índice geral, sobre a marca divisória de 50, reflete os resultados distintos de seus dois componentes: pessimismo com a economia brasileira e otimismo com a própria empresa. No primeiro caso, o pessimismo aumentou: o Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu de 44,4 para 43,6 pontos. Em novembro, 32,1% dos empresários demonstram pessimismo com o cenário econômico nos próximos seis meses ante 12,8% que estão otimistas. Por fim, o Índice de Expectativas das Empresas é, entre todos, o de maior pontuação e o único acima dos 50 pontos, o que revela otimismo. Mas, em novembro, foi o componente que mais influenciou a queda das expectativas e, por consequência, da confiança, ao recuar 1,2 ponto ante outubro, para 53,2.
Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa
Out/23 | Nov/23 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 44,4 | 43,6 | 51,4 | |
Economia do Estado | 46,4 | 46,2 | 49,8 | |
Empresa | 54,4 | 53,2 | 59,9 |
Perfil da Amostra: 187 empresas, sendo 48 pequenas, 64 médias e 75 grandes.
Período de Coleta: 1 a 13 de novembro de 2023.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.
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