O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) voltou a crescer em junho para 46,9 pontos, 2,5 acima de maio, recuperando parte da queda intensa registrada no mês anterior (-6,1 pontos). Apesar da alta, o ICEI/RS permaneceu abaixo dos 50 pontos (marca divisória entre zero e 100), indicando ausência de confiança entre os empresários gaúchos em junho.
Na passagem de maio para junho, entre os componentes da confiança, as condições atuais se deterioraram ainda mais, mas houve uma melhora das expectativas, que foram muito impactadas em maio por conta da calamidade climática que atingiu o estado.
Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança. |
O Índice de Condições Atuais caiu pelo terceiro mês seguido, de 41,9 em maio para 40,6 pontos em junho, valor mais baixo desde maio de 2023, mostrando que a percepção de piora entre os empresários é cada vez mais intensa e disseminada. O Índice de Condições da Economia Brasileira atingiu 38,2 pontos em junho, 0,3 a menos que maio. A pontuação bem abaixo dos 50 pontos reflete a diferença expressiva entre a proporção de empresários que percebem piora na economia brasileira (47,9%) ante a parcela que veem melhora (3,7%). A avaliação sobre a economia estadual, que não entra no cálculo do índice, segue bem pior que a nacional: o Índice de Condições da Economia Gaúcha caiu de 34,1 para 24,7 pontos, com 73,6% dos empresários percebendo deterioração. O Índice de Condições das Empresas também recuou em junho, para 41,8 pontos, o menor valor desde julho de 2020, 1,8 ponto abaixo de maio.
Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa
Mai/24 | Jun/24 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 38,5 | 38,2 | 43,6 | |
Economia do Estado | 34,1 | 24,7 | 42,4 | |
Empresa | 43,6 | 41,8 | 49,2 |
Já o Índice de Expectativas para os próximos seis meses recuperou parte das fortes perdas de maio, saindo do terreno pessimista (45,7 pontos) para o neutro (50,0 pontos) em junho. O índice varia de zero a 100, sendo que a marca de 50 divide otimismo, quando acima, de pessimismo, quando abaixo. O pessimismo permanece, ainda que menor, com relação à economia brasileira, cujo índice aumentou de 41,6 em maio para 44,1 pontos em junho. A perspectiva negativa com relação à economia gaúcha é mais intensa, mas também diminuiu: índice de 33,7 para 36,7 pontos no mesmo período. Em junho, um terço dos empresários estão pessimistas com a economia brasileira (55,2% com a economia do RS) e 10,4%, otimistas (11,7% com a economia do RS). O Índice de Expectativas sobre as próprias Empresas, componente que mais caiu em maio, foi o que mais subiu em junho, de 47,7 para 53,0 pontos, voltando ao campo otimista, ainda que bastante contido se levada em conta sua média histórica, de 59,7 pontos, a maior de todos os componentes da confiança.
Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa
Mai/23 | Jun/24 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 41,6 | 44,1 | 51,2 | |
Economia do Estado | 33,7 | 36,7 | 49,6 | |
Empresa | 47,7 | 53,0 | 59,7 |
Perfil da Amostra: 164 empresas, sendo 33 pequenas, 57 médias e 74 grandes.
Período de Coleta: 4 a 12 de junho de 2024.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.
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