Janeiro de 2024

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Indústria gaúcha recupera a confiança

O Índice de Confiança em Empresário Industrial (ICEI/RS) cresceu 2,9 pontos na virada do ano, de 48,1 para 51,0, e superou, pela primeira vez, desde outubro de 2022, a linha divisória dos 50 pontos, que separam a ausência (quando abaixo) da presença (quando acima) de confiança. Também foi a maior alta desde setembro de 2022 (3,3 pontos). Com isso, o setor interrompeu o segundo maior ciclo de falta de confiança (14 meses) já apurado, que durou a metade do primeiro (27 meses de 2014 a 2016).

O ICEI/RS é formado pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas. Cada um, por sua vez, é composto por outros dois relativos à economia brasileira e à própria empresa, sendo que todos cresceram em janeiro. Os referentes ao cenário econômico, porém, seguiram no terreno negativo.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS.
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais cresceu de 43,8 em dezembro para 45,9 pontos em janeiro. O valor continuou abaixo dos 50 pontos e, portanto, manteve a sinalização de piora nos últimos seis meses, mas seu aumento significa que a percepção negativa em janeiro foi menos intensa e disseminada do que em dezembro. O Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira subiu de 38,5 para 43,0 pontos, mas, da mesma forma, seguiu abaixo dos 50 pontos, mantendo o menor valor entre todos os índices. O ano iniciou com 35,3% dos empresários gaúchos percebendo piora nas condições da economia nacional e 12,1%, melhora. Eram, respectivamente, 46,3% e 9,6% no final do ano passado. As condições das empresas também seguem piorando em janeiro de 2024, mas o índice que as medem também aumentou para 47,3 pontos, de 46,4 em dezembro de 2023.

Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Dez/23Jan/24Média Hist.
Economia Brasileira38,543,043,7
Economia do Estado40,042,142,5
Empresa46,447,349,3
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

A indústria gaúcha começou o ano exibindo perspectivas positivas para o primeiro semestre de 2024. O Índice de Expectativas aumentou de 50,2 em dezembro para 53,5 pontos em janeiro. É o maior valor desde outubro de 2022 e quanto mais acima da linha divisória dos 50 pontos, maior e mais disseminado é o otimismo entre os empresários. As perspectivas positivas, porém, não se aplicam à economia brasileira. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira cresceu 4,8 pontos (maior alta em desde abril de 2021), para 47,5. Porém, o valor abaixo de 50,0 pontos ainda denota pessimismo, que ficou menor e menos disseminado entre os empresários em janeiro na comparação com dezembro. De fato, o percentual de empresários pessimistas com a economia brasileira caiu de 33,5% para 27,7% na virada do ano, enquanto o de otimistas cresceu de 14,4% para 21,4%. Nesse sentido, as expectativas positivas seguem restritas ao futuro das empresas: o Índice de Expectativas das Empresas atingiu 56,5 pontos em janeiro, sendo o maior desde outubro de 2022 (2,5 acima de dezembro) e o componente que sustenta o ICEI/RS acima dos 50 pontos em janeiro.   

Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Dez/23Jan/24Média Hist.
Economia Brasileira42,747,551,4
Economia do Estado44,648,649,8
Empresa54,056,559,9
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 175 empresas, sendo 40 pequenas, 58 médias e 77 grandes.

Período de Coleta: 2 a 16 de janeiro de 2024.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Unidade de Estudos Econômicos

Contatos: (51) 3347-8731 | economia@fiergs.org.br

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul | https://observatoriodaindustriars.org.br/

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