Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

-2,3%

Faturamento real

-0,4%

Horas trabalhadas na produção

-1,2%

Pessoal ocupado

-0,1%

Massa salarial real

-0,2%

Utilização da capacidade instalada – Grau Médio

77,5%

Utilização da capacidade instalada

-1,6 p.p.

Compras industriais

-9,7%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

A Pesquisa Indicadores Industriais do RS de junho de 2023 mostrou que a atividade do setor não conseguiu sustentar a alta registrada em maio e voltou a cair. De fato, o Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) caiu 2,3% em relação a maio sem efeitos sazonais, mantendo a trajetória volátil – havia crescido 2,1% em maio – e a tendência declinante iniciada em setembro do ano passado. Nesses dez meses, foram apenas duas altas, sete quedas e uma estabilidade na margem, resultando num saldo negativo de 9,3%. Com isso, em junho de 2023, o IDI/RS estava no mais baixo patamar desde maio de 2021 e 5,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).

O IDI/RS é obtido pela média ponderada de seis indicadores e todos caíram em junho na comparação dessazonalizada com maio: as compras industriais (-9,7%), a utilização da capacidade instalada (-1,6 p.p.), as horas trabalhadas na produção (-1,2%), o faturamento real (-0,4%), a massa salarial real (-0,2%) e o emprego (-0,1%).

Nas comparações anuais, os resultados negativos também predominaram. A atividade industrial gaúcha recuou 5,1% ante junho do ano passado, sexta queda seguida, e, no primeiro semestre, acumulou retração de 2,8% sobre o mesmo período de 2022.

Os componentes do IDI/RS mais diretamente associados à produção recuaram – compras industriais (-9,4%), faturamento real (-3,5%), UCI (-2,8 p.p.) e horas trabalhadas na produção (-0,6%) –, enquanto os relacionados ao mercado de trabalho, que se caracterizam pela maior rigidez, seguem no campo positivo – massa salarial real (+6,4%) e o emprego (+0,8%) –, mas estão desacelerando.  

Volatilidade com tendência negativa

• O faturamento real caiu 0,4% em junho ante maio, mantendo a trajetória volátil e a tendência negativa na série com ajuste sazonal.
• O faturamento recuou 5,5% na comparação entre junho de 2023 e 2022 e caiu 3,5% no confronto entre os primeiros semestres.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+22,1%), Tabaco (+7,8%) e Couros e calçados (+4,5%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-19,5%), Veículos automotores (-4,6%) e Máquinas e equipamentos (-5,0%).

Segunda queda seguida

• O indicador recuou 1,2% em junho ante maio, com ajuste sazonal. Foi a segunda queda seguida, alterando a tendência positiva que predominou no início do ano.
• Em relação aos mesmos períodos de 2022, o indicador caiu 3,8% ante junho e recuou 0,6% em relação ao primeiro semestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Couros e calçados (+4,6%), Veículos automotores (+8,2%) e Máquinas e materiais elétricos (+12,7%).
  • Negativos: Máquinas e equipamentos (-7,1%), Produtos de metal (-5,3%) e Produtos de madeira (-13,1%).

Emprego mantém estabilidade

• O emprego continuou estável (-0,1%) na passagem de maio para junho, com ajuste sazonal. A estabilidade do indicador é observada desde fevereiro de 2023.
• Em junho, de 2023, o emprego caiu 0,9% ante o mesmo mês de 2022, mas ainda mantém a taxa positiva no acumulado do ano: 0,8% ante o primeiro semestre de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+8,1%), Couro e calçados (+1,3%) e Borracha e plásticos (3,4%).
  • Negativos: Produtos de metal (-5,1%), Metalurgia (-15,7%) e Têxteis (-8,6%).

Queda após dois meses de alta

• A massa salarial real voltou a cair em junho (-0,2%) em relação a maio, com ajuste sazonal, após duas altas seguida.
• Comparando os períodos equivalentes de 2023 e 2022, o indicador aumentou 2,9% em junho e 6,4% no primeiro semestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+9,8%), Couros e calçados (+10,5%) e Veículos automotores (+12,0%).
  • Negativos: Metalurgia (-3,5%), Têxteis (-7,6%) e Bebidas (-0,2%).

• A UCI da indústria gaúcha caiu 1,6 p.p. de 79,1% em maio para 77,5% em junho, com ajuste sazonal, nível mais baixo desde agostos de 2020.
• Entre os meses de maio de 2022 e 2023, a UCI caiu -5,2 p.p. e, entre os primeiros seis meses, a redução foi -2,8 p.p.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+1,3 p.p.) e Móveis (+4,0 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-28,1 p.p.), Produtos de madeira (-22,7 p.p.) e Veículos automotores (-7,4 p.p.).

• As compras industriais voltaram a cair com força: -9,7% na passagem de maio para junho, com ajuste sazonal. Foi a maior queda do ano na margem.
• Em junho de 2023, o indicador também mostrou intensas quedas em relação a 2022: -11,2% ante junho e -9,4% na comparação com o primeiro semestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+2,9%), Equipamentos de informática e eletrônicos (+12,1%) e Tabaco (+3,2%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-21,0%), Veículos automotores (-13,1%) e Máquinas e equipamentos (-7,4%).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).