Junho de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Indústria gaúcha encerra o primeiro semestre sem confiança

Após dois meses de baixas seguidas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) voltou a crescer em junho para 47,6 pontos, 1,4 ponto acima de maio. Foi a maior alta desde setembro de 2022, não o suficiente, porém, para recuperar as perdas acumuladas desse período (-15,3 pontos). Com isso, o índice, que varia de 0 a 100, segue em patamar muito baixo, inferior a 50 pontos, o que expressa falta de confiança.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS

O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O ICEI/RS é formado por dois componentes que medem as avaliações dos empresários sobre as condições atuais e as expectativas futuras para a economia brasileira e para a própria empresa. Todos eles recuperaram, em junho, somente uma pequena parte da intensa queda acumulada desde outubro do ano passado, permanecendo em patamares bem abaixo de suas médias históricas.

O Índice de Condições Atuais aumentou 1,4 ponto, de 40,0 em maio para 41,4 pontos em junho. Abaixo de 50, o resultado mostrou que, mesmo com a alta, os empresários gaúchos continuam percebendo piora na comparação com os seis meses anteriores, sobretudo, nas condições da economia brasileira – o subíndice cresceu de 34,4 para 36,7 pontos –, componente da confiança de pior avaliação.  De fato, a maioria dos empresários gaúchos percebem deterioração na economia brasileira: 52,5% ante 6,0% que veem melhora (41,5% não observam mudanças no cenário). O Índice de Condições Atuais da Empresa subiu no período, 1,0 ponto, de 42,8 para 43,8 pontos, mas também continuou na faixa negativa em junho.

O Índice de Expectativas para os próximos seis meses também aumentou 1,4 ponto, de 49,3 em maio para 50,7 pontos em junho, superando, pela primeira vez desde outubro de 2022, a marca dos 50 pontos, o que indica otimismo, apesar de bastante modesto. A melhora nas expectativas resultou da alta de seus dois subcomponentes: o Índice de Expectativas da Economia Brasileira, de 41,8 para 44,2 pontos, e o Índice de Expectativas da Empresa, de 53,1 para 54,0 pontos no período. Porém, o otimismo continua restrito ao segundo componente, visto que o pessimismo com relação à economia brasileira, ainda que menor, permanece. Em junho, a maioria dos empresários gaúchos (55,0%) não vislumbra mudanças no cenário econômico nacional no segundo semestre, mas a parcela dos que acreditam na piora (32,5%) é bem superior a dos que esperam melhora (12,5%).

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)

Fonte: UEE/FIERGS

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Mai/23Jun/23Média Hist.
Economia Brasileira34,436,743,9
Economia do Estado37,538,942,6
Empresa42,843,849,5
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.
Expectativas (Para os próximos seis meses)

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Mai/23Jun/23Média Hist.
Economia Brasileira41,844,251,6
Economia do Estado44,346,749,9
Empresa53,154,060,1
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 200 empresas, sendo 42 pequenas, 69 médias e 89 grandes.

Período de Coleta: 01 a 13/06/2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul

Unidade de Estudos Econômicos | economia@fiergs.org.br
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