O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) ficou praticamente estável em outubro, atingindo 48,5 pontos ante 48,4 em setembro. Com esse resultado a indústria gaúcha completou doze meses sem confiança, período que só é menor que os 27 meses consecutivos de falta confiança (de abril de 2014 a junho de 2016) registrados na mais longa crise que o setor já enfrentou. O índice varia de zero a 100, sendo que os 50 pontos dividem a falta (quando abaixo) da presença de confiança (quando acima) e quanto mais distante dessa marca, maior e mais disseminado está o pessimismo ou o otimismo dos empresários.
Assim como o ICEI/RS, seus componentes pouco se alteraram de setembro para outubro. Os empresários seguem percebendo piora nas condições atuais e pessimistas com o futuro da economia brasileira.
Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança. |
O Índice de Condições Atuais passou de 43,5 para 43,3 pontos no período, denotando, abaixo de 50, piora, em razão do Índice de Condições da Economia Brasileira, que passou de 38,9 em setembro para 38,5 pontos no mês seguinte. Somente 6,2% dos empresários percebem melhora nas condições da economia brasileira nos últimos seis meses. Do restante (93,8%), metade vê piora (46,9%) e metade não percebe mudança (46,9%). As condições atuais das empresas também seguem se deteriorando em outubro: o índice ficou estável em 45,8 pontos.
Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa
Set/23 | Out/23 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 38,9 | 38,5 | 43,8 | |
Economia do Estado | 41,7 | 40,2 | 42,5 | |
Empresa | 45,8 | 45,8 | 49,4 |
Os empresários gaúchos se mostram, em outubro, pouco otimistas para os próximos seis meses. De fato, o Índice de Expectativas subiu ligeiramente de 50,8 em setembro para 51,1 pontos outubro. O aumento e o valor na região de otimismo (acima dos 50 pontos) deve-se exclusivamente ao componente relacionado às expectativas sobre às próprias empresas, cujo índice subiu de 53,8 para 54,4 pontos no período. Já o Índice de Expectativas com a Economia Brasileira, que caiu de 44,9 para 44,4 pontos, permanece na faixa negativa. Em outubro, a parcela de empresários pessimistas com a economia brasileira é bem maior que a de otimistas: 32,1% e 13,3%, respectivamente. A maioria dos empresários (54,6%) acredita que não deve haver mudanças no cenário econômico nacional nos próximos seis meses.
Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa
Set/23 | Out/23 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 44,9 | 44,4 | 51,4 | |
Economia do Estado | 47,0 | 46,4 | 49,8 | |
Empresa | 53,8 | 54,4 | 59,9 |
Perfil da Amostra: 197 empresas, sendo 43 pequenas, 69 médias e 85 grandes.
Período de Coleta: 2 a 13 de outubro de 2023.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.
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