Dezembro de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Fim de ano sem confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) oscilou de 47,9 em novembro para 48,1 pontos em dezembro, patamar que pouco se alterou nos últimos quatro meses. O índice varia de zero a 100. Quando abaixo de 50 indica ausência de confiança, faixa em que se encontra desde novembro de 2022 (14 meses). Desde 2010, início da série mensal do índice, apenas na grande recessão de 2014 a 2016, o setor mostrou um período maior de falta de confiança (27 meses).

O ICEI/RS é composto por dois indicadores: o Índice de Condições Atuais, que afere a percepção dos empresários sobre as condições da economia brasileira e da própria empresa em relação aos últimos seis meses, e o Índice de Expectativas, que faz a mesma medição para o semestre seguinte. Nesse sentido, o ligeiro aumento do ICEI/RS em dezembro refletiu pequenas oscilações positivas de seus componentes, sendo que os relacionados à economia brasileira seguem no campo negativo (abaixo dos 50 pontos).

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS.
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais passou de 43,6 em novembro para 43,8 pontos em dezembro. Valores abaixo dos 50 pontos revelam que os empresários continuam percebendo deterioração no ambiente dos negócios. O Índice de Condições da Economia Brasileira segue como o componente de pior desempenho ao subir de 38,0 para 38,5 pontos no período, reproduzindo a diferença significativa entre a parcela de empresários que percebe piora no cenário econômico (46,3%) e a que percebe melhora (9,6%). Já a avaliação das condições das empresas manteve-se negativa no final de 2023, com o Índice de Condições das Empresas mostrando estabilidade em 46,4 pontos em dezembro.

Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Nov/23Dez/23Média Hist.
Economia Brasileira38,038,543,7
Economia do Estado40,840,042,5
Empresa46,446,449,3
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

O Índice de Expectativas para os próximos seis meses também oscilou positivamente na passagem de novembro para dezembro: de 50,0 para 50,2 pontos. A neutralidade do índice geral, praticamente na marca divisória dos 50 pontos, derivou de resultados distintos dos seus dois componentes: pessimismo com o futuro da economia brasileira e otimismo com o da própria empresa. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu de 43,6 em novembro para 42,7 pontos em dezembro, com quase um terço dos empresários (33,5%) mostrando pessimismo ante 14,4% otimistas. Por outro lado, os empresários gaúchos seguem otimistas com relação ao futuro das próprias empresas. De fato, o Índice de Expectativas das Empresas segue sendo o único acima dos 50 pontos, atingindo 54,0 em dezembro (+0,8 acima de novembro). 

Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Nov/23Dez/23Média Hist.
Economia Brasileira43,642,751,4
Economia do Estado46,244,649,8
Empresa53,254,059,9
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 188 empresas, sendo 45 pequenas, 65 médias e 78 grandes.

Período de Coleta: 1 a 11 de dezembro de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Unidade de Estudos Econômicos

Contatos: (51) 3347-8731 | economia@fiergs.org.br

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul | https://observatoriodaindustriars.org.br/

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