Maio de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Confiança da indústria gaúcha estabiliza em nível muito baixo

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) atingiu 46,2 pontos em maio, 0,2 ponto a menos do que em abril. O índice vem oscilando em torno deste patamar desde o início de 2023 e na faixa indicativa de ausência de confiança (abaixo de 50 pontos) desde novembro de 2022. O nível do ICEI/RS no início de 2023, de fato, é muito baixo. Em termos históricos, é similar a outros períodos de crises: julho de 2005 (44,5 pontos), devido à estiagem histórica; e janeiro de 2009 (45,5 pontos), por conta da crise financeira global de 2008.  Desde o início da série histórica, em 2005, a confiança industrial gaúcha só foi menor que a atual nos períodos de junho de 2014 a junho 2016 (média de 40,3 pontos) – maior e mais longa recessão econômica já registrada –, e de abril a junho de 2020 (média de 35,6 pontos) – primeira onda da Covid-19 –.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
Fonte: UEE/FIERGS.
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

Os dois componentes do ICEI/RS, que medem as avaliações dos empresários acerca das condições atuais e expectativas futuras para a economia brasileira e para a própria empresa, também mostraram ligeiras variações em maio em relação a abril. Os índices variam de zero a 100, sendo que a marca de 50 separa os resultados negativos dos positivos.

O Índice de Condições Atuais passou de 40,2 em abril para 40,0 pontos em maio. No menor valor desde julho de 2020 e bem abaixo de 50 pontos, o índice revela forte percepção de piora das condições dos negócios em maio. A avaliação negativa é especialmente intensa no Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira, que segue em patamar muito baixo: 34,4 pontos em maio (34,3 em abril). Quase seis em cada dez empresas (59,5%) percebem piora nas condições da economia brasileira e somente 5,3%, melhora. Da mesma forma, o Índice de Condições Atuais da Empresa recuou de 43,1 para 42,8 pontos no período.

O Índice de Expectativas para os próximos seis meses também caiu 0,2 ponto, de 49,5 em abril para 49,3 em maio. Abaixo de 50 pontos, os valores indicam pessimismo, afetado pela perspectiva negativa com relação à economia brasileira, cujo índice passou de 41,0 para 41,8 pontos. Em maio, 41,6% dos empresários mostram pessimismo com o futuro da economia brasileira e 12,6%, otimismo. O Índice de Expectativas da Própria em Empresa, por fim, recuou de 53,9 para 53,1 pontos e continua sendo o único componente da confiança que supera os 50 pontos.

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Abr/23Mai/23Média Hist.
Economia Brasileira34,334,443,9
Economia do Estado39,437,542,6
Empresa43,142,849,5
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.
Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS.

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Abr/23Mai/23Média Hist.
Economia Brasileira41,041,851,6
Economia do Estado45,044,349,9
Empresa53,953,160,1
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 191 empresas, sendo 48 pequenas, 63 médias e 80 grandes.

Período de Coleta: 02 a 10/05/2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul

Unidade de Estudos Econômicos | economia@fiergs.org.br
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