O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) cresceu 1,1 ponto em março, para 51,6. O ICEI/RS varia de zero a 100 pontos, sendo que os 50 pontos separam presença de falta de confiança. Nos primeiros três meses de 2024, o índice vem oscilando pouco acima da linha divisória, o que denota a presença de confiança, mas num nível muito baixo.
O ICEI/RS é formado pelas avaliações dos empresários gaúchos com relação às condições atuais e às expectativas da economia brasileira e da sua empresa. No terceiro mês do ano, todos os componentes cresceram em relação ao segundo, mas a presença de confiança é de responsabilidade exclusiva das expectativas sobre as próprias empresas, visto que os associados à economia brasileira seguem no campo pessimista.
Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança. |
O Índice de Condições Atuais cresceu 0,7 ponto em março ante fevereiro, para 45,7 pontos. Apesar da alta, o valor continuou abaixo dos 50 pontos, mostrando que os empresários gaúchos ainda percebem deterioração nas condições atuais dos negócios. A avaliação negativa é particularmente intensa sobre a economia brasileira, cujo índice de condições aumentou de 40,0 em fevereiro para 41,2 pontos em março. A proporção de empresários que percebem piora da economia brasileira (39,5%) neste mês supera em mais de quatro vezes a dos que identificam melhora (9,3%). Para a maioria, 51,2%, não houve mudança no cenário econômico doméstico nos últimos seis meses. O Índice de Condições das Empresas mostrou a mesma dinâmica em março: alta ante fevereiro, de 47,4 para 48,0 pontos, mas sem deixar a região negativa do índice.
Condições Atuais
(Em relação aos últimos seis meses)
Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa
Fev/24 | Mar/24 | Média Hist. | ||
---|---|---|---|---|
Economia Brasileira | 40,0 | 41,2 | 43,7 | |
Economia do Estado | 41,3 | 42,0 | 42,5 | |
Empresa | 47,4 | 48,0 | 49,3 |
O Índice de Expectativa para os próximos seis meses também cresceu de fevereiro (53,3 pontos) para março (54,6 pontos). Acima de 50 pontos, o índice denota otimismo dos empresários gaúchos, visão positiva, porém, restrita ao futuro das próprias empresas, componente que cresceu de 56,9 para 58,1 pontos no período e segue sustentando a confiança industrial. Com relação ao futuro da economia brasileira, ainda que menor, o pessimismo persiste. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira aumentou de 46,2 para 47,6 pontos. Em março, 25% dos empresários estão pessimistas com o futuro da economia brasileira, 18,0% estão otimistas e 57,0% não esperam mudança no cenário no curto prazo.
Expectativas
(Em relação aos próximos seis meses)
Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa
Fev/23 | Mar/24 | Média Hist. | ||
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Economia Brasileira | 46,2 | 47,6 | 51,3 | |
Economia do Estado | 47,3 | 48,5 | 49,8 | |
Empresa | 56,9 | 58,1 | 59,8 |
Perfil da Amostra: 172 empresas, sendo 38 pequenas, 57 médias e 77 grandes.
Período de Coleta: 1 a 11 de março de 2024.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.
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