Março de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Confiança aumenta com redução do pessimismo

Após duas quedas seguidas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) voltou a crescer em março, 0,9 ponto em relação a fevereiro, para 46,8. Essa foi a segunda alta em seis meses e nem de perto recuperou as perdas do período, que alcançam 16,1 pontos. O índice varia de 0 a 100 pontos, abaixo de 50 revela falta de confiança no setor em março, que foi pouco menor e pouco menos disseminada entre os empresários do que no mês anterior.

O ICEI/RS é composto por dois índices: Condições Atuais – percepção corrente dos empresários – e Expectativas – avaliação futura – sobre a economia brasileira e a própria empresa. Em março, o aumento da confiança foi puxado pelas expectativas, visto que as condições atuais continuaram se deteriorando. 

O Índice de Condições Atuais registrou 41,1 pontos em março de 2023, denotando, abaixo de 50, condições piores. O índice apresentou queda de 0,4 ante fevereiro, a sexta seguida (-17,1 pontos). A percepção dos empresários em março foi a mais negativa desde julho de 2020 (35,0 pontos), quando o setor enfrentava crise causada pela pandemia. O Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira recuou 0,6 ponto ante fevereiro, para 35,5 em março, e, desde outubro de 2022, já perdeu 23,5 pontos. A situação das empresas também se agravou: o Índice de Condições Atuais das Empresas foi de 43,9 pontos em março, menos 0,3 ante fevereiro e 13,9 pontos nos últimos seis meses.

Já o Índice de Expectativas cresceu 1,6 ponto ante fevereiro, alcançando 49,7 em março, na segunda alta seguida (+2,5 pontos), mas ainda distante de reverter a queda que chega a 15,6 pontos desde outubro de 2022. Abaixo, mas próximo de 50 pontos, o índice revela uma redução do pessimismo para uma quase neutralidade. Vale ressaltar, porém, que as avaliações dos empresários são discrepantes, mostrando pessimismo, ainda que menor, com relação à economia brasileira (o índice subiu de 40,7 em fevereiro para 42,4 pontos em março) e maior otimismo com relação ao futuro das próprias empresas (de 51,8 para 53,4).

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Fev/23Mar/23Média Hist.
Economia Brasileira36,135,544,1
Economia do Estado41,040,242,7
Empresa44,243,949,6
Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Fev/23Mar/23Média Hist.
Economia Brasileira40,742,451,7
Economia do Estado45,346,250,0
Empresa51,853,460,2
Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 181 empresas, sendo 38 pequenas, 59 médias e 84 grandes.

Período de Coleta: 1 a 9 de março de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul

Unidade de Estudos Econômicos | economia@fiergs.org.br

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