O nível de atividade da Construção gaúcha registrou 45,6 pontos em abril. O índice varia de 0 a 100 e abaixo dos 50 pontos indica recuo na atividade em relação ao mês anterior. Na avaliação dos empresários gaúchos, o setor também operou abaixo do padrão para o mês, conforme mostrou os 40,3 pontos marcados pelo índice de atividade em relação ao nível usual. O número de empregados recuou pelo sexto mês de retração, o índice foi de 45,9 pontos em abril. A utilização da capacidade operacional (UCO) também recuou: 1,0 p.p. em relação ao mês de março e registrou 64,0% neste mês.
Os empresários gaúchos voltaram a ficar otimistas com relação à atividade, projetando crescimento nos próximos seis meses. Apesar disso, o setor prevê queda no número de empregados e nos novos empreendimentos e estabilidade nas compras de matérias-primas. A intenção de investir aumentou, mas continuou em níveis baixos.
Nacionalmente, a indústria da construção descreve um cenário melhor que o dos gaúchos, com estabilidade da atividade e do emprego em abril e maior otimismo em relação aos seis próximos meses.
Evolução Mensal
Indicador | Mar/23 | Abr/23 | Média Histórica | O que representa (mês de referência) |
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NÍVEL DE ATIVIDADE – MÊS ANTERIOR | 49,5 | 45,6 | 46,5 | Queda ante o mês anterior |
NÍVEL DE ATIVIDADE – RELAÇÃO AO USUAL | 40,3 | 40,3 | 40,8 | Abaixo do usual no mês |
NÚMERO DE EMPREGADOS | 46,1 | 45,9 | 46,0 | Queda em relação ao mês anterior |
UTILIZ. DA CAPACIDADE OPERACIONAL – % | 65,0 | 64,0 | 63,0 | Menor uso da capacidade |
Expectativas – Próximos Seis Meses
Indicador | Abr/23 | Mai/23 | Média Histórica | O que representa (mês de referência) |
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ATIVIDADE | 47,0 | 51,4 | 52,6 | Expectativa de crescimento |
NÚMERO DE EMPREGADOS | 49,7 | 49,4 | 49,8 | Expectativa de queda |
COMPRAS DE MATÉRIAS PRIMAS | 47,0 | 50,4 | 51,4 | Expectativa de estabilidade |
NOVOS EMPREENDIMENTOS | 48,5 | 48,5 | 51,9 | Expectativa de queda |
INTENÇÃO DE INVESTIR | 32,9 | 38,5 | 36,8 | Maior intenção de investir |
Nível de atividade comparada ao mês anterior
A atividade ficou próxima da estabilidade no Brasil e caiu no RS.
Nível de atividade em relação ao usual
O nível de atividade ficou abaixo do usual no Brasil e no RS.
Número de empregados
Sexto mês de queda no número de empregados no RS e estabilidade no Brasil.
Utilização da capacidade operacional (% do mês)
Estabilidade na UCO no Brasil e queda no RS.
Expectativas para os Próximos Seis Meses
Atividade deve voltar a crescer nos próximos seis meses, é o que prevê o industrial da Construção do RS em maio. O índice de expectativa de atividade subiu 4,4 pontos e atingiu 51,4 (acima de 50 pontos). Porém, o emprego deve continuar caindo. O índice de número de empregados registrou 49,4 pontos em maio, margeando a estabilidade, mas ainda prevendo queda. Lembrando que os índices variam de 0 a 100 e quando ultrapassam os 50 pontos, indicam crescimento, ficando abaixo desse limite é considerado queda. Desta forma, as compras de matérias-primas devem ficar estagnadas, pois ficou muito próximo da linha divisória e marcou 50,4 pontos. O lançamento de novos empreendimentos também deve continuar em baixa, o índice ficou com os mesmos 48,5 pontos de mês anterior. Já a intenção de investir, que também varia de 0 a 100, aumentou, saindo de 32,9 para 38,5 pontos, mas segue em patamares muito abaixo.
Em relação aos gaúchos, as expectativas para os próximos meses são mais positivas entre os empresários brasileiros da Construção. A projeção de crescimento da atividade é bem mais disseminada, com impactos positivos no emprego. A intenção de investir nos próximos seis meses também é muito maior.
Atividade
Número de Empregados
Compras de Matérias-Primas
Novos Empreendimentos
Intenção de Investir
Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50 pontos expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, não há linha divisória, quanto maior o índice, maior a propensão a investir.
Perfil da Amostra: RS: 39 empresas – Brasil: 362 empresas
Período de Coleta: 2 a 10/05/2023.
A Sondagem Industrial do RS é elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (FIERGS) em conjunto com Unidade de Política Econômica da CNI. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativa de evolução da variável em questão. As alternativas estão associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. As perguntas relativas ao nível de atividade, a evolução dos estoques tem como referência o mês anterior. As perguntas relativas a UCI usual e a estoques planejados/desejados tem como referência o próprio mês. As perguntas relativas à situação financeira, margens de lucro, acesso ao crédito e os principais problemas referem-se ao trimestre. As questões de expectativas referem-se aos próximos seis meses. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os resultados gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos índices dos grupos de empresas “Pequenas” (entre 10 a 49 empregados), “Médias” (entre 50 e 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável segundo a EE/TEM competência 2009. A metodologia de geração das amostras é a Amostragem Probabilística de Proporções. O tamanho da amostra do RS baseou-se no critério de porte das empresas com margem de erro de 10% e Nível de confiança de 90%.
Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul
Unidade de Estudos Econômicos
https://observatoriodaindustriars.org.br/
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