Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

-2,4%

Faturamento real

-8,6%

Horas trabalhadas na produção

+1,2%

Pessoal Ocupado

+0,4%

Massa salarial real

+1,1%

Utilização da Capacidade Instalada – Grau Médio

77,8%

Utilização da Capacidade Instalada

-2,2 p.p.

Compras industriais

-2,9%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

Depois de encerrar o primeiro trimestre praticamente estável, o Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) voltou à trajetória negativa em abril de 2023: -2,4% em relação a março, com ajuste sazonal. A atividade industrial gaúcha, medida pelo IDI/RS, acumula baixa de 9,3% em seis quedas nos últimos oito meses, ficando no menor patamar desde maio de 2021 e 5,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).

O IDI/RS é formado por seis componentes que evoluíram em sentidos opostos na passagem de março para abril. A principal influência na queda do IDI/RS veio do faturamento real (-8,6%), impactado também pela utilização da capacidade instalada (-2,2 p.p.), que atingiu 77,8% em abril, e pelas compras industriais (-2,9%). Por outro lado, cresceram as horas trabalhadas na produção (+1,2%), o emprego (+0,4%), o que não ocorria desde setembro de 2022, e a massa salarial real (+1,1%).

Nas comparações de 2023 com iguais períodos de 2022, também houve recuos do IDI/RS de 4,7% em abril (o quarto seguido na comparação com o mesmo mês do ano anterior), e de 2,7% nos primeiros quatro meses.

A queda da atividade industrial no ano até abril é disseminada: 4 dos 6 componentes do IDI/RS e 11 dos 16 setores analisados.

O indicador de compras industriais, entre os primeiros, foi o destaque negativo, com recuo, em termos reais, de 11,3%. O faturamento real (-2,9%), a UCI (-2,3 p.p.) e as horas trabalhadas na produção (-0,4%) também recuaram. Por outro lado, os indicadores de mercado de trabalho, emprego (+1,4%) e massas salarial real (+7,5%), seguem no campo positivo.

Faturamento Real: Muita oscilação com tendência negativa

• O faturamento real voltou a cair com força em abril: -8,6% ante março, com ajuste sazonal. A trajetória é oscilante, mas a tendência é negativa.
• A queda foi intensa, de 7,9%, ante abril de 2022. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2023, o recuo é de 2,9% na comparação com igual período do ano passado.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+23,9%), Alimentos (+5,3%) e Couros e calçados (+8,5%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-23,9%), Produtos de metal (-9,7%) e Máquinas e equipamentos (-3,4%).

Horas Trabalhadas na Produção: Terceira alta seguida

• O indicador reverteu a tendência negativa e cresceu pelo terceiro mês seguido em abril, +1,2% ante março, com ajuste sazonal.
• As horas trabalhadas caíram -1,7% em relação a abril de 2022 e recuou 0,4% ante o primeiro quadrimestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Couros e calçados (+9,1%), Veículos automotores (+11,8%) e Máquinas e materiais elétricos (+14,4%).
  • Negativos: Máquinas e equipamentos (-9,0%), Produtos de metal (-6,3%) e Alimentos (-1,4%).

Pessoal Ocupado: Primeira expansão em sete meses

• Pela primeira vez desde outubro de 2022, o emprego cresceu 0,4% em abril relativamente a março, com ajuste sazonal.
• O emprego cresceu 0,9% em relação a abril de 2022, aumentando 1,4% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+9,9%), Couro e Calçados (+3,4%) e Vestuário e acessórios (+7,4%).
  • Negativos: Produtos de metal (-4,6%), Metalurgia (-16,4%) e Têxteis (-7,7%).

Massa Salarial Real: Crescimento depois de duas baixas seguidas

• Após duas quedas seguidas, que interrompeu um longo ciclo positivo, a massa salarial real voltou a crescer na passagem de março para abril, 1,1%, com ajuste sazonal.
• Os salários avançaram 5,9% na comparação entre abril de 2023 e 2022 e 7,5% entre o primeiro quadrimestre dos mesmos anos.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Máquinas e equipamentos (+9,5%), Alimentos (+11,6%) e Couros e calçados (+12,7%).
  • Negativos: Metalurgia (-13,6%), Têxteis (-7,7%) e Bebidas (-2,8%).

• A indústria gaúcha usou 77,8% da capacidade produtiva em abril, baixa de 2,2 p.p. ante março, com ajuste sazonal, após dois avanços consecutivos.
• A UCI, em abril de 2023, recuou 4,4 p.p. em relação a abril de 2022 e caiu 2,3 p.p. na comparação entre as médias de UCI dos primeiros quadrimestres.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Móveis (+4,4 p.p.) e Alimentos (+0,1 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-26,6 p.p.), Produtos de madeira (-17,3 p.p.) e Metalurgia (-16,8 p.p.).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).