Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

+3,0%

Faturamento real

+4,5%

Horas trabalhadas na produção

+1,1%

Pessoal ocupado

-0,2%

Massa salarial real

+0,2%

Utilização da capacidade instalada – Grau Médio

78,3%

Utilização da capacidade instalada

+1,0 p.p.

Compras industriais

+5,4%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

Após dois meses de queda, o Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) cresceu 3,0% em agosto ante julho, com ajuste sazonal. Nos últimos doze meses, essa foi apenas a terceira alta na margem, registrando ainda oito quedas e uma estabilidade. Com isso, o IDI/RS estava, em agosto de 2023, 9,9% abaixo de agosto de 2022, mês que antecedeu o ciclo negativo em curso. Em relação ao nível pré-pandemia, a comparação ainda é positiva, de 4,5%, mas eram 16,0% em agosto do ano passado.  

O IDI/RS mede o nível de atividade da indústria gaúcha com base em seis variáveis, sendo que apenas o emprego registrou queda em agosto, de 0,2% em relação a julho com ajuste sazonal. As demais cresceram, com destaque para o faturamento real (+4,5%) e as compras industriais (+5,4%). A indústria gaúcha também aumentou as horas trabalhadas na produção, em 1,1%, a utilização da capacidade instalada (UCI), em 1,0 p.p. (de 77,3% para 78,3%), e a massa salarial real (+0,2%).

Considerando as variações interanuais, porém, o quadro segue predominantemente negativo. Em relação ao mesmo mês de 2022, a atividade industrial gaúcha recuou pela oitava vez seguida: -9,5% em agosto de 2023, que, mesmo contando com a mesma quantidade de dias úteis, foi a taxa mais baixa do ano. Assim, a queda acumulada no ano acelerou para -4,4% em agosto (-3,6% até julho) na comparação com os oito primeiros meses de 2022.

Na abertura por componentes, apenas a massa salarial real (+5,2%) e o emprego (+0,1%) cresceram. Apesar das desacelerações, os dois componentes ainda se mantêm no campo positivo. Os demais integrantes contribuíram para o resultado negativo do IDI/RS, na comparação entre os primeiros oito meses de 2023 e de 2022: compras industriais (-13,0%), faturamento real (-5,3%), UCI (-3,2 p.p.) e as horas trabalhadas na produção (-2,2%).

As taxas negativas também são maioria na abertura por segmentos: 10 dos 16 pesquisados na comparação entre janeiro e agosto de 2023 e 2022. Veículos automotores (-4,8%), Máquinas e equipamentos (-4,2%) e Produtos de metal (-8,0%) forneceram as principais influências negativas. As altas mais relevantes vieram de Móveis (+3,9%), Tabaco (+4,2%) e Equipamentos de informática e eletrônicos (+4,0%).

Voltou a crescer

• Após duas quedas seguidas, o faturamento real voltou a crescer em agosto: +4,5% ante julho, com ajuste sazonal, mantendo a trajetória volátil e a tendência negativa.
• Em agosto de 2023, o faturamento real mostrou quedas nas comparações anuais com 2022: -10,5% ante agosto e -5,3% relativamente aos primeiros oito meses.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Tabaco (+10,3%), Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+13,2%) e Móveis (+7,4%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-15,6%), Veículos automotores (-7,6%) e Máquinas e equipamentos (-7,7%).

Crescimento após três quedas consecutivas

• O indicador cresceu 1,1% em agosto relativamente a julho com ajuste sazonal, interrompendo uma sequência de três quedas.
• Na comparação entre os meses de agosto de 2023 e 2022, as horas trabalhadas na produção recuaram 7,4%, acumulando baixa de 2,2% entre os oito primeiros meses de cada ano.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+4,5%), Couros e calçados (+1,6%) e Máquinas e materiais elétricos (+10,5%).
  • Negativos: Máquinas e equipamentos (-7,8%), Alimentos (-3,5%) e Produtos de metal (-5,2%).

Tendência segue negativa

• O emprego caiu 0,2% entre julho e agosto, com ajuste sazonal, mostrando tendência negativa. A última alta foi em abril de 2023.
• O emprego caiu 1,9% em agosto de 2023 ante o mesmo mês de 2022. No acumulado de 2023, a taxa, que passou o ano positiva e em desaceleração, registrou estabilidade (+0,1%) ante os primeiros oito meses de 2022, devendo alcançar as taxas negativas na sequência.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+6,3%), Móveis (+2,8%) e Borracha e plásticos (+3,0%).
  • Negativos: Produtos de metal (-5,8%), Metalurgia (-15,4%) e Alimentos (-0,6%).

Indicador mostra estabilidade

• Em agosto, a massa salarial real cresceu 0,2% em relação a julho, com ajuste sazonal, mostrando uma estabilidade na margem.
• A massa salarial real, cresceu 0,6% na comparação entre os meses de agosto de 2023 e 2022, aumentando 5,2% na comparação entre os primeiros oito meses.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+7,9%), Couros e calçados (+7,1%) e Veículos automotores (+8,6%).
  • Negativos: Metalurgia (-2,3%) e Têxteis (-7,6%).

• Em agosto, a indústria gaúcha utilizou 78,3% da sua capacidade instalada, 1,0 p.p. acima de julho, com ajuste sazonal.
• A UCI recuou 4,0 p.p. em agosto de 2023 ante o mesmo mês de 2022 e caiu 3,2 p.p. quando comparadas as médias do período de janeiro a agosto de cada ano.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+0,9 p.p.) e Móveis (+2,9 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-30,8 p.p.), Veículos automotores (-9,3 p.p.) e Produtos de madeira (-20,9 p.p.).

• As compras da indústria gaúcha voltaram a crescer em agosto: +5,4% em relação a julho, com ajuste sazonal, recuperando apenas uma pequena parte das perdas dos dois meses anteriores (-16,8%).
• As compras recuaram com força em agosto de 2023: -23,8% na comparação com o mesmo mês de 2022. Com isso, as perdas no ano acumulam 13,0% em relação ao período de janeiro a agosto de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Nenhum.
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-22,4%), Veículos Automotores (-17,4%) e Máquinas e equipamentos (-9,3%).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).