Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

+0,1%

Faturamento real

+2,1%

Horas trabalhadas na produção

+1,9%

Pessoal Ocupado

0,0%

Massa salarial real

-1,7%

Utilização da Capacidade Instalada – Grau Médio

79,6%

Utilização da Capacidade Instalada

+0,3 p.p.

Compras industriais

-3,1%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) ficou estável (+0,1%) em fevereiro na comparação ajustada sazonalmente com janeiro. Nos cinco meses anteriores, o índice caiu em quatro e subiu em um, mas segue bem acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020): +8,4%.

O IDI/RS é formado por seis indicadores, sendo que a estabilidade no mês repercutiu seus desempenhos díspares, com avanços no faturamento real (+2,1%), nas horas trabalhadas na produção (+1,9%) e na utilização da capacidade instalada (+0,3 p.p.), quedas nas compras industriais (-3,1%) e na massa salarial real (-1,7%) e estabilidade no emprego (interrompendo quatro quedas seguidas).

Nas comparações interanuais, o IDI/RS recuou 1,2% ante fevereiro de 2022, a segunda queda seguida depois de 28 meses consecutivos de crescimento nessa métrica, o que desacelerou a taxa negativa para 1,7% no acumulado do primeiro bimestre de 2023 (-2,3% em janeiro) relativamente ao período equivalente do ano passado.

A abertura por componentes mostrou que a queda do IDI/RS nos dois primeiros meses do ano repercutiu principalmente a intensa redução das compras industriais (-11,8%), e, em menor medida, os recuos do faturamento real (-2,0%) e da UCI (-2,2 p.p.) na comparação com o mesmo período de 2022. Por outro lado, as horas trabalhadas na produção (+1,4%), o emprego (+1,9%) e a massa salarial real (+13,9%) cresceram.

A atividade industrial gaúcha iniciou o ano com perdas disseminadas entre os setores: 10 dos 16 setores pesquisados, quando comparados os primeiros bimestres de 2023 e de 2022.  Os impactos mais importantes vieram, do lado negativo, de Produtos de metal (-8,4%), Produtos de Madeira (-19,5%), Metalurgia (-20,6%) e Veículos automotores (-2,0%), e, do lado positivo, de Alimentos (+6,3%) e Couros e calçados (+4,8%).

• O faturamento real voltou a crescer na margem em fevereiro: 2,1% ante janeiro, com ajuste sazonal, longe, porém de recuperar a queda do mês anterior (-9,8%).
• Em relação a 2022, o faturamento real cresceu 2,2% em fevereiro, mas caiu 2,0% no acumulado do primeiro bimestre.
• Destaques setoriais no ano:
• Positivos: Produtos eletrônicos e equip. informática (+22,4%), Tabaco (+15,5%) e Alimentos (+7,7%).
• Negativos: Químicos e refino de petróleo (-20,2%), Madeira (-42,1%) e Máquinas e equipamentos (-5,5%).

• Após cinco meses de quedas seguidas, o indicador voltou a crescer em fevereiro: +1,9% ante janeiro, com ajuste sazonal.
• As horas trabalhadas cresceram 1,3% e 1,4%, respectivamente, ante o fevereiro e o primeiro bimestre de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Couros e calçados (+16,6%), Veículos automotores (+21,0%) e Máquinas e materiais elétricos (+12,1%).
  • Negativos: Produtos de metal (-9,5%), Máquinas e equipamentos (-6,4%) e Borracha e plásticos (-6,6%).

• A estabilidade no emprego entre janeiro e fevereiro, com ajuste sazonal, interrompeu uma sequência negativa de cinco meses.
• Ante fevereiro de 2022, o emprego cresceu 1,6%, avançando 1,9% quando comparados com o primeiro bimestre do mesmo ano.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+11,1%), Couro e Calçados (+5,0%) e Vestuário e acessórios (+11,5%).
  • Negativos: Produtos de metal (-3,0%), Metalurgia (-17,5%) e Têxteis (-7,0%).

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• A massa salarial real caiu 1,7% na passagem de janeiro para fevereiro, com ajuste sazonal, interrompendo dez altas seguidas.
• Os salários cresceram 10,1% em relação a fevereiro de 2022, acumulando alta de 13,9% ante o primeiro bimestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Máquinas e equipamentos (+43,6%), Alimentos (+21,2%) e Couros e calçados (+14,9%).
  • Negativos: Metalurgia (-20,3%), Bebidas (-8,5%) e Têxteis (-6,5%).

• A UCI atingiu 79,6% em fevereiro (patamar mais baixo para o mês desde 2017), 0,3 p.p. acima de janeiro, com ajuste sazonal.
• A UCI caiu 2,3 p.p. ante fevereiro de 2022 e recuou 2,2 p.p. na comparação com a média dos primeiros dois meses do mesmo ano.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Móveis (+4,7 p.p.), Couros e calçados (+0,4 p.p.) e Alimentos (+0,2 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-24,8 p.p.), Metalurgia (-24,9 p.p.) e Prod. de metal (-4,6 p.p.).

• O indicador caiu pelo terceiro mês seguido em fevereiro: -3,1% ante janeiro (com ajuste sazonal).
• Relativamente ao ano passado, as compras industriais caíram 11,5% em fevereiro e 11,8% nos dois primeiros meses do ano.
• Destaques setoriais no ano:
• Positivos: Alimentos (+14,1%), Tabaco (18,3%) e Bebidas (+4,1%).
• Negativos: Veículos Automotores (-20,4%), Máquinas e equipamentos (-18,9%) e Químicos e refino de petróleo (-14,3%).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).