Indicadores Industriais

Índice de Desempenho Industrial – IDI/RS

-0,1%

Faturamento real

+2,9%

Horas trabalhadas na produção

+0,8%

Pessoal Ocupado

0,0%

Massa salarial real

-1,2%

Utilização da Capacidade Instalada – Grau Médio

80,3%

Utilização da Capacidade Instalada

+0,4 p.p.

Compras industriais

+1,2%

(Variação frente ao mês anterior com ajuste sazonal)

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS) ficou estável (-0,1%) em março, na comparação ajustada sazonalmente com fevereiro, quando mostrou o mesmo comportamento (+0,1%) depois de duas quedas seguidas (-0,7% em dezembro e -3,0% em janeiro). O índice em março de 2023 segue bem acima (+8,1%) do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas caiu 6,7% desde outubro do ano passado.

Os componentes do IDI/RS mais diretamente ligados à produção cresceram em março: faturamento real (+2,9%), horas trabalhadas na produção (+0,8%), utilização da capacidade instalada (+0,4 p.p.) e compras industriais (+1,2%). Entre os relacionados ao mercado de trabalho, o emprego, que não cresce há seis meses, ficou estável e a massa salarial (-1,2%) caiu.

Nas comparações anuais, o IDI/RS em março de 2023, mesmo com dois dias úteis a mais, recuou 2,3% em relação ao mesmo mês de 2022, mantendo o sinal negativo desde que interrompeu, em janeiro de 2023, a sequência positiva de 28 meses. No acumulado do primeiro trimestre 2023, a redução foi de 2,0% (-1,8% até fevereiro) em relação ao período equivalente do ano passado.

A desagregação por componentes revelou que o destaque negativo ficou por conta das compras industriais, com queda de 11,0% na comparação com o primeiro trimestre de 2022. Também pesaram negativamente sobre o índice de atividade os recuos do faturamento real (-1,2%) e da UCI (-1,5 p.p.). Os demais componentes – horas trabalhadas na produção (+0,5%), emprego (+1,5%) e massa salarial real (+7,5%) – registraram altas no mesmo período.

A queda anual da atividade industrial atingiu 10 dos 16 setores analisados, com os maiores impactos negativos vindos de Produtos de metal (-7,3%), de Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-5,3%), de Máquinas e equipamentos (-2,7%) e da Metalurgia (-19,5%). As altas mais relevantes foram de Alimentos (+3,1%), de Couros e calçados (+4,3%) e de Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+6,0%).

Segunda alta seguida

• O faturamento real cresceu pelo segundo mês seguido em março, 2,9% ante fevereiro, com ajuste sazonal. Porém, ainda não recuperou a intensa queda de janeiro (-9,8%).
• Em relação a 2022, o faturamento real ficou praticamente estável (-0,1%) em março, caindo 1,2% na comparação com o primeiro trimestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (+24,7%), Alimentos (+7,6%) e Couros e calçados (+10,6%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-23,0%), Produtos de metal (-8,2%) e Tabaco (-5,3%).

Retomada após sequência de queda

• Após cinco meses de quedas seguidas, o indicador voltou a crescer em fevereiro: +1,9% ante janeiro, com ajuste sazonal.
• As horas trabalhadas cresceram 1,3% e 1,4%, respectivamente, ante o fevereiro e o primeiro bimestre de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Couros e calçados (+16,6%), Veículos automotores (+21,0%) e Máquinas e materiais elétricos (+12,1%).
  • Negativos: Produtos de metal (-9,5%), Máquinas e equipamentos (-6,4%) e Borracha e plásticos (-6,6%).

Dois meses seguidos de estabilidade

• O emprego ficou estável em março na comparação ajustada sazonalmente com fevereiro, quando também mostrou estabilidade.
• O emprego cresceu 0,8% ante março de 2022, avançando 1,5% quando comparado o primeiro trimestre de 2023 e com o de 2022.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Veículos automotores (+10,6%), Couro e Calçados (+4,1%) e Vestuário e acessórios (+8,9%).
  • Negativos: Produtos de metal (-4,1%), Metalurgia (-17,2%) e Têxteis (-7,6%).

​Inversão de tendência

• A massa salarial real caiu pelo segundo mês seguido em março:-1,2% ante fevereiro, com ajuste sazonal. Foi a segunda baixa seguida, alterando a tendência ascendente observada desde maio de 2020.
• Em termos reais, os salários avançaram 3,4% em março de 2023 relativamente ao mesmo mês de 2022, acumulando alta de 7,5% ante o primeiro trimestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Máquinas e equipamentos (+12,2%), Alimentos (+11,4%) e Couros e calçados (+13,0%).
  • Negativos: Metalurgia (-16,8%), Tabaco (-2,8%) e Têxteis (-7,5%).

• A indústria usou 80,3% de sua capacidade produtiva em março, uma alta de 0,4 p.p. em relação a fevereiro, quando cresceu 0,5 p.p. ante o mês anterior, com ajuste sazonal.
• Em relação aos mesmos períodos de 2022, a UCI caiu 0,5 p.p. em março de 2023 e recuou 1,5 p.p. no primeiro trimestre.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Móveis (+6,5 p.p.), Bebidas (+3,5 p.p.) e Alimentos (+0,1 p.p.).
  • Negativos: Vestuário e acessórios (-25,7 p.p.), Produtos de madeira (-15,5 p.p.) e Máquinas e materiais elétricos (-17,5 p.p.).

• O indicador voltou a crescer em março: 1,2% ante fevereiro (com ajuste sazonal), mantendo a trajetória volátil.
• As compras industriais recuaram 11,3% na comparação com março de 2022 e caíram 11,0% relativamente aos três primeiros meses.
• Destaques setoriais no ano:
  • Positivos: Alimentos (+10,5%) e Bebidas (+9,3%).
  • Negativos: Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (-25,0%), Veículos Automotores (-15,3%) e Máquinas e equipamentos (-11,1%).

Indicadores Industriais | Publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial foram escolhidas pela grande confiabilidade das informações obtidas das indústrias informantes e pela grande importância e influência que têm no nível de atividade do RS. O Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) é calculado a partir dessas variáveis que são coletadas mensalmente de uma amostra das indústrias gaúchas. A  preocupação básica está associada à geração de taxas de crescimento para o conjunto das variáveis, que permitem a construção de séries de base fixa (não é objetivo estimar valores absolutos). Os Indicadores Industriais são produzidos pela FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RS e integram o sistema coordenado pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (CNI).