Pelo sétimo mês seguido, o nível de atividade da Construção gaúcha caiu em relação ao mês anterior. O índice registrou 44,1 pontos em maio (-1,5 ante abril). Este varia entre 0 e 100, sendo que abaixo de 50 indica recuo na atividade na avaliação dos empresários gaúchos. Em relação ao usual, o sentimento foi o mesmo, o nível de atividade ficou abaixo do esperado para o mês de maio, com o índice marcando 38,9 pontos. O número de empregados recuou novamente, o índice teve um acréscimo de 1,4 ponto neste mês, mas ainda ficou abaixo da linha divisório dos 50 pontos, e marcou 47,3. A Utilização da Capacidade Operacional foi maior em maio, 2,0 p.p. a mais que abril, alcançando 66,0%.
Para os próximos meses, os empresários da construção do RS estão otimistas, antevendo crescimento na atividade e maior número de empregados, mas um pouco mais moderado em relação a novos empreendimentos e a compra de matérias-primas. Também estão com menor intenção de investir do que no mês anterior.
De uma forma geral, o cenário descrito pelos empresários da Construção brasileiros é pouco melhor em maio: a atividade ficou estável e o número de empregados cresceu ligeiramente. Para os próximos meses, também estão mais otimistas que os gaúchos e mais dispostos a investir.
Evolução Mensal
| Indicador | Abr/23 | Mai/23* | Média Hist. | O que representa (*mês de referência) |
|---|---|---|---|---|
| Nível de atividade – Mês anterior | 45,6 | 44,1 | 46,5 | Queda ante o mês anterior |
| Nível de atividade – Relação ao usual | 40,3 | 38,9 | 40,8 | Abaixo do usual no mês |
| Número de empregados | 45,9 | 47,3 | 46,0 | Queda em relação ao mês anterior |
| Utilização da Capacidade Operacional – % | 64,0 | 66,0 | 63,0 | Maior uso da capacidade |
Expectativas
| Indicador | Mai/23 | Jun/23 | Média Hist. | O que representa (*mês de referência) |
|---|---|---|---|---|
| Atividade | 51,4 | 51,3 | 52,6 | Expectativa de crescimento |
| Número de empregados | 49,4 | 50,5 | 49,8 | Expectativa de crescimento |
| Compras de matérias-primas | 50,4 | 49,3 | 51,4 | Expectativa de queda |
| Novos empreendimentos | 48,5 | 50,1 | 51,9 | Expectativa de estabilidade |
| Intenção de investir | 38,5 | 35,4 | 36,8 | Menor intenção de investir |
Nível de atividade comparada ao mês anterior
A atividade ficou próxima da estabilidade no Brasil e caiu no RS.
Nível de atividade em relação ao usual
O nível de atividade ficou abaixo do usual no Brasil e no RS.
Número de empregados
Sétimo mês de queda no número de empregados no RS e crescimento no Brasil.
Utilização da capacidade operacional (% do mês)
Crescimento na UCO no Brasil e no RS.
Expectativas para os Próximos Seis Meses
Em junho, o empresário industrial da construção do RS prevê crescimento da atividade para os próximos meses. O índice de expectativa de atividade atingiu 51,3 pontos. Porém deve ser um crescimento modesto, visto que a previsão é de uma certa estabilidade nos índices que o compõe, todos margearam a faixa dos 50 pontos, sendo que abaixo deste limite considerasse queda e acima crescimento. Os índices de número de empregados e de lançamento de novos empreendimentos registraram ínfimo/sucinto crescimento em relação a maio, registrando, respectivamente, 50,5 e 50,1 pontos. Já a compras de matérias-primas caiu 1,1 ponto ante o mês anterior e ficou com 49,3, prevendo queda nos próximos seis meses.
O índice de Intenção de Investir registrou 35,4 pontos, -3,1 pontos entre maio e junho, e, se comparado ao mesmo mês do ano passado, a queda foi de 8,2 pontos, indicando que os empresários estão com baixa intenção de investir nos meses subsequentes.
Os empresários da construção brasileiros também esperam crescimento na atividade e nos demais itens pesquisados para os próximos meses, mas estão bem mais otimistas que os gaúchos, principalmente tratando-se de investimentos.
Atividade
Número de Empregados
Compras de Matérias-Primas
Novos Empreendimentos
Intenção de Investir
| Perfil da Amostra: RS: 38 empresas – Brasil: 362 empresas Período de Coleta: 1º a 13/06/2023. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50 pontos expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, não há linha divisória, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. |
A Sondagem Industrial do RS é elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (FIERGS) em conjunto com Unidade de Política Econômica da CNI. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativa de evolução da variável em questão. As alternativas estão associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. As perguntas relativas ao nível de atividade, a evolução dos estoques tem como referência o mês anterior. As perguntas relativas a UCI usual e a estoques planejados/desejados tem como referência o próprio mês. As perguntas relativas à situação financeira, margens de lucro, acesso ao crédito e os principais problemas referem-se ao trimestre. As questões de expectativas referem-se aos próximos seis meses. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os resultados gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos índices dos grupos de empresas “Pequenas” (entre 10 a 49 empregados), “Médias” (entre 50 e 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável segundo a EE/TEM competência 2009. A metodologia de geração das amostras é a Amostragem Probabilística de Proporções. O tamanho da amostra do RS baseou-se no critério de porte das empresas com margem de erro de 10% e Nível de confiança de 90%.
Unidade de Estudos Econômicos
Contatos: (51) 3347-8731 | economia@fiergs.org.br
Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul | https://observatoriodaindustriars.org.br/