O crescimento mostrado em julho de 2023 não se sustentou e o nível da atividade voltou a cair em agosto. Dos últimos oito meses, apenas em julho o índice ficou acima da linha dos 50, registrando 48,4 pontos em agosto (-1,7). O índice varia entre 0 e 100, sendo que abaixo de 50 indica recuo, e acima crescimento, de acordo com os empresários da indústria da construção. Em relação ao usual, o nível de atividade ficou abaixo do esperado para o mês, o indicador caiu 4,2 pontos, marcando 42,1 (abaixo de 50). O índice do número de empregados marcou 50,2 pontos, entretanto mostrou-se menos disseminado que no mês anterior. A utilização da capacidade operacional foi maior ante o mês anterior, ficando 3,0 p.p. acima de agosto de 2022 e 3,7 p.p. acima da média histórica para o mês, atingindo 67,0%.
Os empresários da Construção estão otimistas em relação aos próximos seis meses, embora de forma um pouco menos generalizada do que em agosto. Os indicadores de expectativa apresentaram uma leve queda em relação ao mês anterior, refletindo um otimismo ligeiramente menor por parte dos industriais do setor. A intenção de investimento para os próximos meses registrou redução em agosto.
A nível nacional, os industriais da construção anteveem queda na atividade e no número de empregados, embora mantenham o otimismo em relação aos meses seguintes. Essa perspectiva é compartilhada pelos empresários gaúchos, que apresentaram um cenário similar.
Evolução Mensal
Indicador | Jul/23 | Ago/23* | Média Hist. | O que representa (*mês de referência) |
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Nível de atividade – Mês anterior | 50,1 | 48,4 | 46,5 | Queda ante o mês anterior |
Nível de atividade – Relação ao usual | 46,3 | 42,1 | 40,8 | Abaixo do usual no mês |
Número de empregados | 51,5 | 50,2 | 46,1 | Crescimento em relação ao mês anterior |
Utilização da Capacidade Operacional – % | 64,0 | 67,0 | 63,1 | Maior uso da capacidade |
Expectativas
Indicador | Ago/23 | Set/23* | Média Hist. | O que representa (*mês de referência) |
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Atividade | 54,2 | 52,4 | 52,6 | Expectativa de crescimento |
Número de empregados | 54,8 | 52,7 | 49,9 | Expectativa de crescimento |
Compras de matérias-primas | 54,1 | 50,9 | 51,4 | Expectativa de crescimento |
Novos empreendimentos | 52,1 | 52,4 | 51,9 | Expectativa de crescimento |
Intenção de investir | 38,6 | 37,8 | 36,8 | Menor intenção de investir |
Nível de atividade comparada ao mês anterior
A atividade caiu no Brasil e no RS.
Nível de atividade em relação ao usual
O nível de atividade ficou abaixo do usual no Brasil e no RS.
Número de empregados
O número de empregados caiu no Brasil e cresceu no RS.
Utilização da capacidade operacional (% do mês)
Estabilidade na UCO no Brasil e crescimento no RS.
Expectativas para os Próximos Seis Meses
Em setembro, os empresários demonstraram expectativas positivas para os próximos meses, embora menos intensas e disseminadas que no mês anterior. O Índice de Expectativa com o nível de atividade registrou 52,4 pontos, em concordância com a média histórica do mês.
Em relação ao número de empregados, o índice marcou 52,7, já em agosto foram 54,8 pontos, demonstrando, que deve haver crescimento, porém com menor intensidade. As compras de matérias-primas devem ter um crescimento menor, seu índice saiu de 54,1 para 50,9 pontos. E, para os novos empreendimentos, o registro foi de 52,4 em setembro, ante 52,1 de agosto. A intenção de investir apresentou leve retração, o índice marcou 37,8 pontos (-0,80 ante o mês anterior).
Em nível nacional, os empresários da construção estão um pouco mais otimistas que os gaúchos, também aguardando aumento na atividade e no número de empregados, bem como das compras e dos novos empreendimentos. A intenção de investir é maior e mais dispersa entre os brasileiros do que entre os gaúchos.
Atividade
Número de Empregados
Compras de Matérias-Primas
Novos Empreendimentos
Intenção de Investir
Nota: Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50 pontos expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, não há linha divisória, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. |
Perfil da Amostra: RS: 36 empresas – Brasil: 353 empresas. Período de Coleta: 01 a 13/09/2023. |
A Sondagem Industrial do RS é elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (FIERGS) em conjunto com Unidade de Política Econômica da CNI. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativa de evolução da variável em questão. As alternativas estão associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. As perguntas relativas ao nível de atividade, a evolução dos estoques tem como referência o mês anterior. As perguntas relativas a UCI usual e a estoques planejados/desejados tem como referência o próprio mês. As perguntas relativas à situação financeira, margens de lucro, acesso ao crédito e os principais problemas referem-se ao trimestre. As questões de expectativas referem-se aos próximos seis meses. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os resultados gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos índices dos grupos de empresas “Pequenas” (entre 10 a 49 empregados), “Médias” (entre 50 e 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável segundo a EE/TEM competência 2009. A metodologia de geração das amostras é a Amostragem Probabilística de Proporções. O tamanho da amostra do RS baseou-se no critério de porte das empresas com margem de erro de 10% e Nível de confiança de 90%.
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