Setembro de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Após três meses de alta, índice de confiança voltou a cair em setembro

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) interrompeu a sequência de três altas e voltou a cair em setembro para 48,4 pontos, ante 49,9 em agosto. O ICEI/RS, que varia de zero a 100, é composto pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas, construídos a partir da percepção do empresário em relação à economia brasileira e em relação à própria empresa. Em setembro, todos os componentes caíram, especialmente os relacionados à economia. Dados abaixo de 50 mostram que os empresários estão sem confiança, as condições atuais, piores e as expectativas, pessimistas. Acima dessa marca, a leitura é positiva.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais recuou de 44,8 em agosto para 43,5 pontos em setembro e, como manteve-se abaixo de 50 pontos, o componente segue denotando deterioração das condições dos negócios pelo décimo mês consecutivo. A queda do índice, porém, mostra que a percepção dos empresários é de piora mais intensa e disseminada em setembro. A percepção da indústria gaúcha em relação às condições atuais da economia brasileira é, entre todos os componentes, o de pior avaliação: 38,9 pontos, 3,0 abaixo de agosto. O percentual de empresários que percebem piora da economia subiu de 39,7% para 47,4% e de melhora caiu de 12,6% para 8,7%. O Índice de Condições das Empresas recuou de 46,4 para 45,8 pontos, o que significa que os empresários também percebem uma piora mais acentuada nas condições das suas empresas.

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Ago/23Set/23Média Hist.
Economia Brasileira41,938,943,8
Economia do Estado42,741,742,6
Empresa46,445,849,4
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.

Com 50,8 pontos em setembro, o Índice de Expectativas, que mede as percepções dos empresários para os próximos seis meses, ainda revelou otimismo, mas ficou abaixo da média histórica (57,1 pontos) e de agosto (52,5 pontos) e próximo do ponto neutro (50 pontos), o que indica um otimismo bastante moderado. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu de 47,2 para 44,9 pontos – o pessimismo aumentou – e o Índice das Empresas recuou de 55,2 para 53,8 pontos – o otimismo diminuiu – no período. De agosto para setembro, o percentual de empresários pessimistas com o futuro da economia brasileira subiu de 25,6% para 30,1% e o de otimistas recuou de 19,1% para 14,8%.

Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Ago/23Set/23Média Hist.
Economia Brasileira47,244,951,5
Economia do Estado48,747,049,9
Empresa55,253,860,0
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 196 empresas, sendo 40 pequenas, 69 médias e 87 grandes.

Período de Coleta: 1 a 13 de setembro de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Unidade de Estudos Econômicos

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