O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) interrompeu a sequência de três altas e voltou a cair em setembro para 48,4 pontos, ante 49,9 em agosto. O ICEI/RS, que varia de zero a 100, é composto pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas, construídos a partir da percepção do empresário em relação à economia brasileira e em relação à própria empresa. Em setembro, todos os componentes caíram, especialmente os relacionados à economia. Dados abaixo de 50 mostram que os empresários estão sem confiança, as condições atuais, piores e as expectativas, pessimistas. Acima dessa marca, a leitura é positiva.
Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança. |
O Índice de Condições Atuais recuou de 44,8 em agosto para 43,5 pontos em setembro e, como manteve-se abaixo de 50 pontos, o componente segue denotando deterioração das condições dos negócios pelo décimo mês consecutivo. A queda do índice, porém, mostra que a percepção dos empresários é de piora mais intensa e disseminada em setembro. A percepção da indústria gaúcha em relação às condições atuais da economia brasileira é, entre todos os componentes, o de pior avaliação: 38,9 pontos, 3,0 abaixo de agosto. O percentual de empresários que percebem piora da economia subiu de 39,7% para 47,4% e de melhora caiu de 12,6% para 8,7%. O Índice de Condições das Empresas recuou de 46,4 para 45,8 pontos, o que significa que os empresários também percebem uma piora mais acentuada nas condições das suas empresas.
Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa
Ago/23 | Set/23 | Média Hist. | ||
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Economia Brasileira | 41,9 | 38,9 | 43,8 | |
Economia do Estado | 42,7 | 41,7 | 42,6 | |
Empresa | 46,4 | 45,8 | 49,4 |
Com 50,8 pontos em setembro, o Índice de Expectativas, que mede as percepções dos empresários para os próximos seis meses, ainda revelou otimismo, mas ficou abaixo da média histórica (57,1 pontos) e de agosto (52,5 pontos) e próximo do ponto neutro (50 pontos), o que indica um otimismo bastante moderado. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu de 47,2 para 44,9 pontos – o pessimismo aumentou – e o Índice das Empresas recuou de 55,2 para 53,8 pontos – o otimismo diminuiu – no período. De agosto para setembro, o percentual de empresários pessimistas com o futuro da economia brasileira subiu de 25,6% para 30,1% e o de otimistas recuou de 19,1% para 14,8%.
Expectativas (Para os próximos seis meses)
Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa
Ago/23 | Set/23 | Média Hist. | ||
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Economia Brasileira | 47,2 | 44,9 | 51,5 | |
Economia do Estado | 48,7 | 47,0 | 49,9 | |
Empresa | 55,2 | 53,8 | 60,0 |
Perfil da Amostra: 196 empresas, sendo 40 pequenas, 69 médias e 87 grandes.
Período de Coleta: 1 a 13 de setembro de 2023.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.
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