Agosto de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Cenário econômico ameniza e confiança da indústria gaúcha cresce pelo terceiro mês seguido  

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) manteve a trajetória de recuperação em agosto e mostrou pequeno avanço, de 0,9 ponto, em relação a julho, para 49,9 pontos, ficando praticamente sobre a marca de 50, um ponto neutro, que não indica a falta nem a presença de confiança. Nos últimos três meses, o ICEI/RS cresceu 3,7 pontos, mas ainda está distante de recuperar a queda acumulada dos últimos dez meses, que ainda é de 13,0 pontos. Ainda assim, o índice atingiu o maior nível desde outubro de 2022. 

A expansão do ICEI/RS de julho para agosto ocorreu, do ponto de vista de seus componentes, devido à melhora relativa nas avaliações dos empresários sobre as condições atuais, que ficaram menos desfavoráveis.  

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS

Fonte: UEE/FIERGS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais atingiu 44,8 pontos em agosto, 2,3 acima do mês anterior, e o maior valor desde janeiro desse ano, decorrente do terceiro aumento seguido (+4,8 pontos). Porém, o índice, que varia de zero a 100, continuou abaixo de 50, denotando piora nas condições atuais dos negócios, avaliação negativa que vem desde dezembro de 2022, ainda que menos intensa e disseminada entre as empresas em agosto. Entre os componentes, o maior crescimento, de agosto em relação a julho, ocorreu no Índice de Condições da Economia Brasileira, que subiu 4,0 pontos e atingiu 41,9, o que também expressa uma atenuação no cenário negativo, que vem ocorrendo nos últimos três meses. De fato, a parcela de empresários gaúchos que percebem uma deterioração do cenário econômico brasileiro caiu de 50,0% em julho para 39,7% em agosto (eram 59,5% em maio) ante aumento dos percentuais das empresas que percebem melhora ou não vêm mudanças, respectivamente, de 7,9% para 12,6% (eram 5,3% em maio) e de 42,1% para 47,7% (35,3% em maio).  Da mesma forma, as condições atuais das empresas ficaram menos desfavoráveis: o índice aumentou de 44,8 em julho para 46,4 pontos em agosto.  

As perspectivas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses seguem moderadamente otimistas e pouco se alteraram na passagem de julho para agosto. O Índice de Expectativa oscilou de 52,3 para 52,5 pontos, o que indica um otimismo contido (acima, perto dos 50 pontos e abaixo da média histórica de 57,1). As expectativas positivas seguem restritas ao componente que avalia o futuro próximo da empresa: o Índice de Expectativas da Empresa variou de 55,8 para 55,2 pontos. Já o pessimismo, ainda que menor, persiste com relação à economia brasileira. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira cresceu de 45,4 em julho para 47,2 pontos em agosto, mas continuou abaixo de 50, como resultado da redução da parcela de empresários pessimistas de 31,6% para 25,6% e do crescimento da parcela de otimistas, de 12,6% para 19,1%. O percentual de empresas que não esperam alterações aumentou de 51,6% para 55,3%.  

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Jul/23Ago/23Média Hist.
Economia Brasileira37,941,943,9
Economia do Estado39,542,742,6
Empresa44,846,449,4
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.
Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Jul/23Ago/23Média Hist.
Economia Brasileira45,447,251,5
Economia do Estado46,448,749,9
Empresa55,855,260,0
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 200 empresas, sendo 45 pequenas, 66 médias e 89 grandes.

Período de Coleta: 1 a 9 de agosto de 2023. 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Unidade de Estudos Econômicos

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