Julho de 2023

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Economia mantém a indústria sem confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) cresceu pelo segundo mês seguido em julho, algo que não ocorria desde setembro de 2022, passando de 47,6 para 49,0 pontos, o maior patamar do ano. Apesar disso, o ICEI/RS, que varia de 0 a 100 pontos, revelou que os empresários gaúchos continuam sem confiança (o índice abaixo de 50). O avanço do ICEI/RS em julho refletiu a expansão de todos os componentes, enquanto a falta de confiança deveu-se exclusivamente à avaliação, ainda muito negativa, das condições atuais, visto que as expectativas ficaram pouco mais otimistas.

Índice de Confiança do Empresário Industrial – RS
Fonte: UEE/FIERGS
O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima, maior e mais disseminada é a confiança. Abaixo de 50, os valores indicam falta de confiança e quanto mais abaixo, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

O Índice de Condições Atuais cresceu de 41,4 em junho para 42,5 pontos em julho. O resultado abaixo de 50 indica piora das condições dos negócios, enquanto o aumento significa que a avaliação foi menos negativa. Da mesma forma, o Índice de Condições da Economia Brasileira aumentou de 36,7 para 37,9 pontos no período. A proporção de empresas que consideram as condições da economia brasileira piores diminuiu de 52,5% em junho para 50,0% em julho, enquanto 42,1% não perceberam alteração (41,5% em junho), sendo que somente 7,9% (6,0% em junho) viram melhora. O Índice de Condições Atuais das Empresas, por sua vez, cresceu de 43,8 para 44,8 pontos.

O Índice de Expectativas de julho mostrou que o empresariado gaúcho ficou um pouco mais otimista em relação aos próximos seis meses e registrou alta de 1,6 ponto, passando de 50,7 em junho para 52,3 pontos em julho. A escala vai de 0 a 100 e o otimismo (índice acima de 50 pontos) segue restrito ao subcomponente das expectativas relacionado ao futuro das empresas: 54,0 para 55,8 pontos.  Por outro lado, o pessimismo com a economia permanece, mas diminuiu em julho, conforme revela o crescimento do Índice de Expectativas da Economia Brasileira de 44,2 para 45,4 pontos no período. Em julho, 31,6% dos empresários gaúchos estavam pessimistas (32,5% em junho), enquanto a maioria 51,6% (55,0% em junho) não espera mudanças no cenário econômico nacional, que, como referido, é negativo. O otimismo com a economia, por fim, aumentou, mas segue muito pequeno: somente 16,8% das empresas (12,5% em junho).

Condições Atuais (Em relação aos últimos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Índice de Condições Atuais da Economia brasileira, gaúcha e da própria empresa

Jun/23Jul/23Média Hist.
Economia Brasileira36,737,943,9
Economia do Estado38,939,542,6
Empresa43,844,849,4
Fonte: UEE/FIERGS. Os Índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam que as condições estão melhores do que nos últimos seis meses, valores abaixo de 50 que as condições estão piores.
Expectativas (Para os próximos seis meses)
Fonte: UEE/FIERGS

Expectativas com relação à economia brasileira, gaúcha e a própria empresa

Jun/23Jul/23Média Hist.
Economia Brasileira44,245,451,6
Economia do Estado46,746,449,9
Empresa54,055,860,0
Fonte: UEE/FIERGS. Os índices variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa otimista. Valores abaixo de 50 indicam expectativa pessimista.

Perfil da Amostra: 192 empresas, sendo 45 pequenas, 60 médias e 87 grandes.

Período de Coleta: 3 a 11 de julho de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial é elaborado mensalmente pela FIERGS em conjunto com a CNI e mais 23 federações de indústrias. São consultadas empresas de todo o estado. O Índice é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75, 100. Os resultados gerais de cada pergunta são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos “Pequenas” (10 a 49 empregados), “Médias” (50 a 249 empregados) e “Grandes” (250 empregados ou mais) utilizando como peso a variável “pessoal ocupado, segundo CEE/MTE. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas frequências relativas das respostas. Os Índices de Condições Atuais e Expectativas foram obtidos a partir da ponderação das perguntas relativas a economia brasileira e a própria empresa utilizando-se pesos 1 e 2, respectivamente. O Índice de Confiança foi obtido a partir da ponderação dos resultados referentes a Condições Atuais e Expectativas utilizando os pesos 1 e 2, respectivamente.

Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul

Unidade de Estudos Econômicos | [email protected]

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