Atividade Econômica
- Em 2024, o setor de serviços tem sido o principal motor do crescimento, beneficiado pelo aumento da massa salarial e pela redução da taxa de juros.
- Projeção de crescimento do PIB revisada para 1,9% em 2024, considerando o bom resultado do setor de serviços, a melhora do mercado trabalho e os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.
Produção Industrial
- A produção industrial deve crescer 1,3% em 2024, ligeiramente abaixo da projeção anterior de 1,4%, devido às incertezas e calamidades climáticas.
Mercado de Trabalho
- Brasil criou 1,1 milhão de novos postos de trabalho nos primeiros cinco meses de 2024, com destaque para o setor de serviços e indústria; taxa de desocupação projetada de 2024 revisada para 7,2% na média do ano.
Inflação
- O primeiro semestre de 2024 no Brasil foi marcado pela desinflação, com o IPCA acumulado em 12 meses em 4,2%. A projeção de inflação para o final de 2024 é de 4,1%, por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, da resiliência do consumo das famílias e da desvalorização do Real, que pressionam os preços dos alimentos, dos serviços e dos bens importados.
Política Monetária
- Em 2024, as expectativas de inflação no Brasil voltaram a se afastar da meta, levando o Banco Central a adotar uma postura mais firme (hawkish) e encerrar o ciclo de cortes da taxa Selic, mantendo-a em 10,50% ao ano.
- Nossa projeção é que a Selic permaneça nesse nível até o final de 2025. Essa decisão é reforçada pelas incertezas sobre cortes de juros nos EUA, pela desvalorização do Real e pelos riscos na condução da política monetária devido às declarações do Presidente da República, em especial quanto às mudanças na diretoria do Banco Central.
Política fiscal
- Em 2024, esperamos um déficit primário de 0,9% do PIB (R$ 104 bilhões). Apesar do aumento real de 8,5% nas receitas federais nos primeiros quatro meses do ano, o crescimento nas despesas do Governo Central foi de 13,0%, especialmente em Benefícios Previdenciários, Seguro Desemprego e Benefícios de Prestação Continuada.
Balança Comercial
- O cenário internacional, marcado por desaceleração da economia global, cortes de juros (pontuais), arrefecimento do mercado imobiliário na China e inflação na Argentina, levou a revisões nas projeções para o comércio exterior brasileiro em 2024: US$ 330,7 bilhões em exportações e US$ 257,8 bilhões em importações.
Taxa de câmbio
- A estimativa inicial para a taxa de câmbio brasileira em dezembro de 2024 era de R$ 5,08/US$, mas as frustrações nas expectativas do mercado internacional e a conjuntura nacional ainda difusa nos levam a reavaliar nossa previsão para R$ 5,21/US$ em dezembro de 2024.
- Essa revisão reflete a postura incerta do Banco Central dos EUA (FED) sobre o início do ciclo de cortes de juros, a persistência da inflação brasileira e americana, a instabilidade das eleições norte-americanas e a comunicação confusa do governo brasileiro sobre as contas públicas.
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